História
À época do Brasil Colônia, o dique delimitava o limite norte da Cidade Alta de Salvador, então capital do Brasil.
Essa estrutura, com função defensiva, encontra-se relacionada por BARRETTO (1958), que reporta ter sido erguida pelos governos gerais, entre o final do século XVII e meados do século XVIII, para defesa complementar dos limites de Salvador. As suas águas contornavam a cidade desde o forte do Barbalho até o forte de São Pedro; para a sua formação, foram represadas as águas das nascentes do rio Urucaia (op. cit., p. 188).
Ainda de acordo com o mesmo autor, com o desenvolvimento urbano da cidade, partes do dique deixaram de existir, em função de aterros. Na realidade, o primitivo dique constituía-se em uma ampliação do dique de defesa da cidade alta, executada durante o governo do vice-rei e capitão general de mar e terra do Estado do Brasil, D. Vasco Fernandes César de Meneses (1720-1735), dentro do plano de fortificação de Salvador. Esse projeto havia sido elaborado em 1714 pelo capitão de engenheiros francês Jean Massé, que, após as invasões do Rio de Janeiro por corsários franceses em 1710 e em 1711, por determinação do rei João V de Portugal (1705-1750), em 1712, passou com o posto de brigadeiro ao Brasil para examinar e reparar as fortificações daquele Estado. (SOUSA VITERBO, 1988:154).
Folclore
Desde a época colonial, a população de Salvador tinha por hábito se abastecer nas águas do dique. Uma tradicional quadrinha, popular até os dias de hoje, canta:
- Eu fui ao Tororó
- Beber água e não achei
- Encontrei linda morena
- Que no Tororó deixei...
O Dique do Tororó possui cerca de 25 mil metros quadrados, com uma profundidade variável entre 5.60 metros (máxima) e mínima de 2.60 metros. Já foi mais fundo, em torno de 7 metros. Nessa época tinha até jacaré e diversas variedades de peixe. Consequentemente, não era poluído. Boa parte da população vizinha ao local bebia de sua água. A sua margem direita olhando-o à partir do estádio, era cheia de hortas onde a população se abastecia e muitos lavavam a roupa.
Um pouco antes, em 1963,
lamentavelmente, o dique passou a receber esgotos das residências que se construíam
no alto de suas margens, principalmente de Nazaré e Brotas. O Dique
do Tororó é único manancial
natural da cidade de Salvador, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional, comumente reduzido para Dique, que possui uma lagoa de 110 mil metros cúbicos de água,
localizada em Salvador, no estado da Bahia,
no Brasil.
É delimitada, atualmente, pelo bairro do Tororó em sua margem esquerda, pelo do Engenho Velho de Brotas em sua margem direita, ao Norte, pelo
estádio Itaipava Arena Fonte Nova e,
ao Sul, pelo bairro do Garcia.
É margeado pelas avenidas Presidente Costa e Silva e Vasco da Gama - que, ao Sul, convergem para a Avenida Centenário e o Vale dos Barris. O termo "tororó" vem do termo tupi (tororoma), que significa "jorro". O que pude avaliar no Dique do Tororó, como está próximo de um dos estádio que irão sediar a Copa do mundo de 2014 o quesito policiamento esta excelente, porem próximo ao estádio, quando vamos nos se aproximando do Vale do Ogunjá o policiamento se torna inexistente, alguns objetos como bancos,na areá de musculação que existe no dique a alguns equipamentos quebrados, há uma falta de manutenção dos órgãos responsáveis pelo mesmo, no mais há uma excelente acessibilidade para todas as pessoas com rampas que dão acesso aos decks e aos pedalinhos do Dique tanto para pedestres como para cadeirante,e também a um grande fluxo de pessoas que gostam das caminhadas pelo dique aproveitando para ver a vista do mesmo e também para manter a saúde em dia.
Fonte:
http://salvadorhistoriacidadebaixa.blogspot.com.br/2011/06/dique-do-tororo-os-orixas.html
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