Sem dúvida, percebe-se, de forma clara, a emergência cada
vez maior de um grupo de variáveis como, cultura, lazer, turismo,
acessibilidade, segurança – ainda que sem uma perfeita cooperação e coordenação
de esforços – em Salvador. Este grupo, que resulta de um ambiente com diversas características,
onde se inclui a estratégia governamental de estímulo, apresentando uma série
de conseqüências socioeconômicas, espaciais e culturais. Ou seja, este grupo de
diferentes variáveis relaciona-se diretamente com a vida coletiva em Salvador
– economia, mercado de trabalho, educação, distribuição de renda, desenvolvimento
e povo, gerando uma forte expectativa nos habitantes da cidade e porque não, do
Estado.
Diante disso, percebe-se na cidade de São Salvador, não
apenas a existência deliberada de diferentes formas de incentivo aos negócios
ligados principalmente à cultura, entretenimento e ainda mais, no turismo, por
parte dos governos estadual e municipal, mas também, um certo compromisso do
setor empresarial para fortalecimento destes setores econômicos e empresariais.
A cultura, o receber bem o visitante, a preocupação em
servir com carinho são vistas como uma característica positiva de Salvador, por
quase a totalidade da sociedade. Esta representação da cidade decorre das
próprias origens da cidade e de sua cultura. A baianidade, neste sentido, pode
simbolizar a Bahia e Salvador sem muitas contestações.
Já a visão empresarial e econômica – voltada ao lucro –
não tem, para muitos, raízes na essência do soteropolitano, não possuindo um
vínculo direto com a baianidade. Assim, cultura é uma coisa, negócio é outra.
São dimensões diferentes da vida social, não havendo consenso com relação à
positividade do empresariamento da cultura.
A visita a campo nos pontos turísticos determinados
permitiu a verificação e a conclusão de que a segurança e a questão da acessibilidade
principalmente, das áreas determinadas requerem um processo de ordenamento e
gerenciamento contínuo do território promovendo mudanças que possibilitem a
superação ou, ao menos, a redução de graves problemas, como a pobreza e a
marginalidade urbana, a construção de uma sociedade mais justa, com mais qualidade
de vida, em um espaço compartilhado entre residentes e turistas.
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