domingo, 19 de maio de 2013

CONCLUSÃO





Sem dúvida, percebe-se, de forma clara, a emergência cada vez maior de um grupo de variáveis como, cultura, lazer, turismo, acessibilidade, segurança – ainda que sem uma perfeita cooperação e coordenação de esforços – em Salvador. Este grupo, que resulta de um ambiente com diversas características, onde se inclui a estratégia governamental de estímulo, apresentando uma série de conseqüências socioeconômicas, espaciais e culturais. Ou seja, este grupo de diferentes variáveis relaciona-se diretamente com a vida coletiva em Salvador – economia, mercado de trabalho, educação, distribuição de renda, desenvolvimento e povo, gerando uma forte expectativa nos habitantes da cidade e porque não, do Estado.

Diante disso, percebe-se na cidade de São Salvador, não apenas a existência deliberada de diferentes formas de incentivo aos negócios ligados principalmente à cultura, entretenimento e ainda mais, no turismo, por parte dos governos estadual e municipal, mas também, um certo compromisso do setor empresarial para fortalecimento destes setores econômicos e empresariais.

A cultura, o receber bem o visitante, a preocupação em servir com carinho são vistas como uma característica positiva de Salvador, por quase a totalidade da sociedade. Esta representação da cidade decorre das próprias origens da cidade e de sua cultura. A baianidade, neste sentido, pode simbolizar a Bahia e Salvador sem muitas contestações.
                 
Já a visão empresarial e econômica – voltada ao lucro – não tem, para muitos, raízes na essência do soteropolitano, não possuindo um vínculo direto com a baianidade. Assim, cultura é uma coisa, negócio é outra. São dimensões diferentes da vida social, não havendo consenso com relação à positividade do empresariamento da cultura.

A visita a campo nos pontos turísticos determinados permitiu a verificação e a conclusão de que a segurança e a questão da acessibilidade principalmente, das áreas determinadas requerem um processo de ordenamento e gerenciamento contínuo do território promovendo mudanças que possibilitem a superação ou, ao menos, a redução de graves problemas, como a pobreza e a marginalidade urbana, a construção de uma sociedade mais justa, com mais qualidade de vida, em um espaço compartilhado entre residentes e turistas.

Introdução e Fundamentação Teórica


Introdução 

O presente blog servirá como medida avaliativa para a Disciplina Filosofia, Ética e Cidadania, ministrada pelo professor Georgeocohama Duclerc, na Universidade Católica do Salvador, campus Pituaçu; realizado por alunos dos cursos de Direito e de Sistema de Informação.
Objetiva-se identificar a dinâmica de determinados pontos turísticos de Salvador – BA, através de um olhar histórico e crítico. Trataremos dos seguintes locais:
·       
  • Farol e Porto da Barra;
  • Centro Histórico;
  • Mercado Modelo;
  • Campo Grande, Passeio Público e Vitória;
  • Ribeira, Bonfim e Ponta de Humaitá;
  • Dique do Tororó e Fonte Nova;
  • Parque de Pituaçu;
  • Parque da Cidade;
  • Parque do Abaeté;
  • Rio Vermelho.

Abordar-se-á o contexto histórico, cultural e socioeconômico com base na atual realidade, através de exposições fotográficas recentes, pretende-se reciclar determinados paradoxos a fim de mostrando os aspectos positivos e negativos do processo histórico e as transformações identificadas diante da influência humana e da natureza. Tratar-se-á de reflexões particulares do grupo, tanto como estudantes e pesquisadores, quanto de moradores dando uma nova visão dos pontos turísticos da cidade de Salvador-BA, ou seja, repensando uma lógica de estruturação e mobilidade urbana acerca dos pontos turísticos citados anteriormente, trazendo para a discussão uma visão filosófica de ética e cidadania.
Diante disso, tentaremos apresentar as fragilidades no que tange a acessibilidade, a segurança nos pontos turísticos e as possibilidades de diversão e movimentação econômica para a cidade; mostrar as possíveis práticas de esportes nos pontos turísticos; abordar os problemas de estrutura em conjunto com as intervenções realizadas pela Prefeitura de Salvador para que os mesmos ofereçam cada vez mais integração entre a população local e os turistas.


 Fundamentação Teórica

Ética e cidadania: estruturas basilares da Cidade

Segundo o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda, ÉTICA é "o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto”. Etimologicamente falando, ética vem do grego "ethos", e tem seu correlato no latim "morale", com o mesmo significado: Conduta, ou relativo aos costumes. [1]
A palavra “cidadania” vem do latim civitas, que quer dizer cidade. Na antiguidade clássica, o cidadão era aquele que residia nas cidades e suas relações sociais se fundamentavam em direitos e deveres compartilhados. Ao longo dos séculos, a cidadania foi sendo compreendida como um conjunto de direitos. A ideia de direitos iguais revolucionou a sociedade anterior, fundada justamente na ideia da desigualdade de status. A cidadania institui um código comum de direitos e, ainda que certas diferenças hierárquicas permaneçam, como as desigualdades entre as classes sociais, raça e gênero, a cidadania significa que, apesar disso, os cidadãos compartilham os mesmos direitos e deveres. A liberdade e a diversidade presentes nas cidades só fizeram expandir esses direitos. [2]
Diante de tais conceitos, é coerente relacionar a ideia de cidadania e de ética, tendo em vista que elas sustentam as estruturas de uma Cidade e suas configurações sejam elas sociais, econômicas, políticas, históricas e culturais. Partindo desse pressuposto, tratar-se-á da Cidade de Salvador-BA, com ênfase em determinados pontos turísticos, enquanto formador de uma identidade, reconhecendo a necessidade de se repensar o real papel desses espaços e a necessidade de conservação e preservação, principalmente por parte dos cidadãos soteropolitanos, já que estes são protagonistas das mudanças assistidas.
Entende-se o espaço como um elemento fundamental da identificação dos cidadãos com as cidades, abrangendo desde a formação da identidade histórico-cultural até o compartilhamento de experiências e vivência nos mais diversos espaços que pertencem à Cidade. Contudo, é de fundamental importância a preservação desse espaço enquanto formador e estruturador de relações interpessoais e intermunícipes.
Com relação ao direito à cidade, compreende-se por acesso a uma vida digna e com tudo aquilo que ela proporciona, sejam paisagens naturais ou modificadas, afirmando o direito à liberdade de ir e vir, de manifestar opiniões, de poder trabalhar, educar-se de morar dignamente e de ter acesso à cultura nas suas mais diversas formas. Porém não vemos essa realidade em Salvador, amplamente configurado às diversidades, principalmente no que diz respeito à acessibilidade em seus diversos pontos turísticos.
Cidadania de forma simplificada é o direito a ter direitos. Esta é composta pelos direitos civis que surgiram no século XVIII, compreende o direito a liberdade, igualdade, propriedade, ir e vir, direito à vida e a segurança, dentre outros.
Os direitos políticos (século XIX) reúnem a liberdade de associação, reunião, organização política. Os direitos de segunda geração surgem no século XX. São os direitos do bem estar social, direito ao trabalho, saúde, educação, aposentadoria dentre outros.
Os direitos de terceira geração compreendem os interesses difusos – direito à paz, ao meio ambiente e a tudo aquilo que é de uso comum. O titular são os grupos humanos, o povo ou a nação.
A cidadania moderna enfrenta alguns problemas, como a separação das instituições políticas, a edificação do estado; O ideal republicano pelo renascimento é inseparável da isonomia e igualdade e foi retomado pelas sociedades que possuíam governos monárquicos e aristocráticos.
Quando falamos no espaço entre o direito moderno e o pós-moderno, podemos citar a Teoria Liberal que baseia – se nos direitos de primeira geração; A Teoria Socialista defende os direitos de segunda geração. Para Marx, os direitos do homem não eram universais eram direitos históricos da classe burguesa ascendente na luta contra a burguesia.
A modernidade para Baudeilure “é o transitório, o fugido, o contingente é uma metade da arte, sendo a outra o eterno e imutável”.
O esgotamento da modernidade se deu pelo predomínio do transitório pelo moderno.
“A democracia não é o apenas um regime político com partidos e eleições livres. É uma forma de existência social. Democracia é uma sociedade aberta, que permite sempre a criação dos novos direitos”.
A Liberdade de adesão é um processo de evolução dado pela realidade que nos envolve. Tudo é induzido por outrem. Nossa formação é feita pelos nossos responsáveis. Não escolhemos estudar, trabalhar... Você adere as coisas que são indicadas por outra pessoa.
A liberdade de opção decorre de uma consciência reflexiva. Ex: Quando adquirimos a maioridade, surge a consciência, responsabilidades e poder de fazer escolhas. Na natureza, quando se fala em animais, não existe liberdade como muitos pensam, existe uma determinação, os seres que ali vivem já são “programados” para agir sob os seus instintos.
A liberdade absoluta é a do pensamento. Somente nele somos livres para pensar e imaginar o que quisermos sem que outra pessoa saiba do nosso inconsciente.
Aristóteles elaborou um conhecimento que dizia ser livre aquele que tem em si mesmo o principio para agir e é causa interna de sua ação. Já Sartre, dizia que o homem é um ser condenado a liberdade. A razão determina a ética.

“Nenhum de nós nasceu covarde ou corajoso e nem nos fizemos de tal maneira. Quando a sociedade rejeita o ser, o indivíduo dá conta daquilo que é”.


Legislação brasileira sobre turismo

O Estado Brasileiro, com o objetivo de estimular e regulamentar o mercado de turismo criou no ano de 2008 a lei de número 11.771 que estabelece normas e diretrizes da Política Nacional de Turismo, as atribuições do Governo Federal para planejamento, desenvolvimento, estímulo e fiscalização ao setor turístico e ainda a disciplina, o cadastro, classificação e fiscalização das entidades prestadoras de serviços turísticos.
Em seu conteúdo, também apresenta o conceito de turismo  e do que em seu:
Art. 2o  Para os fins desta Lei, considera-se turismo as atividades realizadas por pessoas físicas durante viagens e estadas em lugares diferentes do seu entorno habitual, por um período inferior a 1 (um) ano, com finalidade de lazer, negócios ou outras.[1]
No seu parágrafo único, traz também algumas características que devem ser observadas para que essas viagens e estadas que tratam no artigo 2º desta lei, afirmando que:
Parágrafo único.  As viagens e estadas de que trata o caput deste artigo devem gerar movimentação econômica, trabalho, emprego, renda e receitas públicas, constituindo-se instrumento de desenvolvimento econômico e social, promoção e diversidade cultural e preservação da biodiversidade. [2]
A ação turística no Brasil na esfera federal governamental está arraigada intrinsecamente, e por isso, deve ser uniforme, conjugando todos os programas, planos e ações dos outros setores visando o cumprimento de todas as metas e objetivos estabelecidos pelo Plano Nacional de Turismo e também a execução da Política Nacional do Turismo.
Em relação à segurança dos turistas na cidade de Salvador, foi implantada na primeira capital brasileira uma Delegacia de Proteção ao Turista (DELTUR) e Batalhão de Polícia Turística nas áreas mais visitadas. No Pelourinho, o centro histórico, é possível encontrar guardas por toda parte, até mesmo de madrugada. A prefeitura instalou por lá, ainda, uma Delegacia de Proteção ao Turista (civil) e um Batalhão de Polícia Turística (militar), tais ações não são suficientes, mas já é um inicio.



[1] Noções Básicas de Ética e Cidadania. Curso de formação de agentes de reflorestamento. Departamento de Teoria e Planejamento de Ensino. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Disponível em <http://r1.ufrrj.br/cfar/d/download/Etica%20e%20Cidadania%20.pdf>. Acesso em 26/04/2013 às 20h00min.
[2] ANDRADE, Luciana Teixeira de. Cultura, Cidade e Cidadania. Disponível em <http://www.nossasalvador.org.br/site/colunas/171-cultura-cidade-e-cidadania->. Acesso em 26/04/2013 às 19h42min.
Fonte: http://www.planalto.gov.br/c1771.htm
Fonte: http://giusticajuridica.blogspot.com.br/2010/01/direito-aoturismo-lei-117712008.html
http://tudosobreseguranca.com.br/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=93&Itemid=130





Rio Vermelho que é azul, que é verde, que é transparente...


Difícil falar dos pontos turísticos de Salvador-BA, e deixar de lado o bairro mais tradicional da boemia soteropolitana. O Rio Vermelho tem sua história iniciada no século XVI, com o naufrágio de Caramuru ao seu território. Aqui viviam os tupinambás e Caramuru foi o elo de comunicação entre os nativos e os europeus.


Em 1629 data-se a criação do quilombo no Rio Vermelho. Este quilombo foi esmagado três anos depois pelos capitães-do-mato Francisco Dias de Ávila e João Barbosa Almeida. Os pescadores, que tem presença marcante até hoje, dominavam o lugar no século XVII. Nas palavras do visitante francês Tollenare: "é um povoado de pescadores, de umas 100 cabanas, na foz de um pequeno rio que se lança no mar a uma légua a leste do Cabo de Santo Antônio. Os arredores são encantadores e um forte muito arruinado contribui para o pitoresco da paisagem".
Neste bairro estão situados luxuosos hotéis e pousadas, sendo intensa sua vida noturna. Conhecido pelo clima boêmio, pelos acarajés de Cira, de Regina e de Dinha, e pela colônia de pescadores, seus moradores comemoram anualmente, no dia 2 de fevereiro, a Festa de Iemanjá, rainha do mar.
Apesar do grande crescimento vertical verificado noutras áreas da capital, o Rio Vermelho ainda conserva-se um bairro essencialmente de casas. As estreitas vias mais antigas receberam nomes que homenageiam importantes cidades baianas, como Caetité, Itabuna, Ilhéus, etc. Na rua Alagoinhas está a casa que foi a residência do falecido escritor Jorge Amado e de sua esposa Zélia Gattai, e onde estão guardadas as cinzas do Imortal.
Em razão de suas estreitas vias, mesmo as principais (ruas Oswaldo Cruz e Odilon Santos) possui um tráfego de veículos difícil. Confluindo para o Largo de Santana - onde a capela dedicada a esta santa situa-se bem ao meio do caminho, a Rua da Paciência (que recebe o intenso tráfego da Avenida Oceânica), a Avenida Cardeal da Silva e Rua João Gomes - o trânsito sofre ali um afunilamento que em certos horários fica praticamente estagnado. Nas imediações do Largo há outro templo dedicado a Santana.


Mercado do Peixe

Outro importante logradouro do bairro é o Largo da Mariquita, onde está situado o Mercado do Rio Vermelho, antiga e tradicional feira livre. Hoje oferece uma dinâmica diferenciada, com bares e certas épocas do ano recebe grandes artistas em diversos shows.



Rio Vermelho ou Rio Lucaia – Rua do Canal

O Rio Vermelho, que dá nome ao bairro, mas também é conhecido como Rio Lucaia, margeia a Avenida Juracy Magalhães Júnior. Próximo a sua foz, existe uma estação de condicionamento prévio de esgotos domésticos, onde resíduos sólidos e partículas em suspensão são separadas do efluente final, que é lançado a 2,7 quilômetros da costa pelo emissário submarino do Rio Vermelho, evitando a contaminação da praia. Apesar da preocupação em não poluir o mar, o que se vê é o intenso depósito de lixos e materiais não degradáveis nesse Rio, transformando-o em um esgoto a céu aberto.



A festa da Rainha do mar

Uma das festas mais tradicionais de Salvador, acontece no bairro do Rio Vermelho, em sua maios amplitude; o dois de fevereiro que comemora-se o dia da Rainha do Mar, Yemanjá. Odô Iyá!

“Dois de fevereiro
Vai no rio Vermelho
Ela vai sambar
Vai botar presente
Pro orixá de frente
Nas ondas do mar”
Orixá de frente – Roberta Sá

Antes...



Hoje...





sábado, 18 de maio de 2013

Fonte Nova






O Estádio Fonte Nova, situado na primeira capital do Brasil, após suas últimas reformas, conta com capacidade para 56.500 espectadores e ainda continua com as características originais, mas agora possui uma cobertura com estrutura metálica leve, além de um restaurante panorâmico e um museu do futebol, servindo como um ótimo ponto turístico.

O Complexo Esportivo Cultural Octávio Mangabeira (nome oficial) ou Itaipava Arena Fonte Nova (por questões de patrocínios de nome) ou como é mais conhecido Arena Fonte Nova é um estádio de futebol localizado em Salvador (Bahia), Brasil, no mesmo local do antigo Estádio Octávio Mangabeira. No início do mês de janeiro de 2013, atingiu 90% das obras concluídas, sendo o quarto estádio mais avançado dentre os doze que sediarão a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014. E em março, alcançou 99% das obras concluídas. Foi oficialmente inaugurada no dia 5 de abril, com presença da presidente Dilma Rousseff. O primeiro jogo do estádio foi o clássico BA-VI, ocorrido dois dias depois, onde o Vitória se sagrou vencedor. Renato Cajá, jogador do rubro-negro baiano, entrou para a história da Arena ao marcar o primeiro gol após a inauguração.

Analisando o novo estádio da Fonte podemos ver um grande avanço tecnológico no estádio, no entanto nos bairros próximos não acontece o mesmo engarrafamentos constantes as vias publicas necessitando de uma manutenção as pistas com muitos buracos e isso acontece inclusive próximo ao estádio por causa das obras de ampliação das pistas no entorno do estádio o engarrafamento é constante.



sexta-feira, 17 de maio de 2013

DIQUE DO TORORÓ


História

À época do Brasil Colônia, o dique delimitava o limite norte da Cidade Alta de Salvador, então capital do Brasil.

Essa estrutura, com função defensiva, encontra-se relacionada por BARRETTO (1958), que reporta ter sido erguida pelos governos gerais, entre o final do século XVII e meados do século XVIII, para defesa complementar dos limites de Salvador. As suas águas contornavam a cidade desde o forte do Barbalho até o forte de São Pedro; para a sua formação, foram represadas as águas das nascentes do rio Urucaia (op. cit., p. 188).

Ainda de acordo com o mesmo autor, com o desenvolvimento urbano da cidade, partes do dique deixaram de existir, em função de aterros. Na realidade, o primitivo dique constituía-se em uma ampliação do dique de defesa da cidade alta, executada durante o governo do vice-rei e capitão general de mar e terra do Estado do Brasil, D. Vasco Fernandes César de Meneses (1720-1735), dentro do plano de fortificação de Salvador. Esse projeto havia sido elaborado em 1714 pelo capitão de engenheiros francês Jean Massé, que, após as invasões do Rio de Janeiro por corsários franceses em 1710 e em 1711, por determinação do rei João V de Portugal (1705-1750), em 1712, passou com o posto de brigadeiro ao Brasil para examinar e reparar as fortificações daquele Estado. (SOUSA VITERBO, 1988:154).

Folclore

Desde a época colonial, a população de Salvador tinha por hábito se abastecer nas águas do dique. Uma tradicional quadrinha, popular até os dias de hoje, canta:
Eu fui ao Tororó
Beber água e não achei
Encontrei linda morena
Que no Tororó deixei...



O Dique do Tororó possui cerca de 25 mil metros quadrados, com uma profundidade variável entre 5.60 metros (máxima) e mínima de 2.60 metros. Já foi mais fundo, em torno de 7 metros. Nessa época tinha até jacaré e diversas variedades de peixe. Consequentemente, não era poluído. Boa parte da população vizinha ao local bebia de sua água. A sua margem direita olhando-o à partir do estádio, era cheia de hortas onde a população se abastecia e muitos lavavam a roupa.


Um pouco antes, em 1963, lamentavelmente, o dique passou a receber esgotos das residências que se construíam no alto de suas margens, principalmente de Nazaré e Brotas. O Dique do Tororó é único manancial natural da cidade de Salvador, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, comumente reduzido para Dique, que possui uma lagoa de 110 mil metros cúbicos de água, localizada em Salvador, no estado da Bahia, no Brasil. É delimitada, atualmente, pelo bairro do Tororó em sua margem esquerda, pelo do Engenho Velho de Brotas em sua margem direita, ao Norte, pelo estádio Itaipava Arena Fonte Nova e, ao Sul, pelo bairro do Garcia.


É margeado pelas avenidas Presidente Costa e Silva e Vasco da Gama - que, ao Sul, convergem para a Avenida Centenário e o Vale dos Barris. O termo "tororó" vem do termo tupi (tororoma), que significa "jorro". O que pude avaliar no Dique do Tororó, como está próximo de um dos estádio que irão sediar a Copa do mundo de 2014 o quesito policiamento esta excelente, porem próximo ao estádio, quando vamos nos se aproximando do Vale do Ogunjá o policiamento se torna inexistente, alguns objetos como bancos,na areá de musculação que existe no dique a alguns equipamentos quebrados, há uma falta de manutenção dos órgãos responsáveis pelo mesmo, no mais há uma excelente acessibilidade para todas as pessoas com rampas que dão acesso aos decks e aos pedalinhos do Dique  tanto para pedestres como para cadeirante,e também a um grande fluxo de pessoas que  gostam das caminhadas pelo dique aproveitando para ver a vista do mesmo e também para manter a saúde em dia.


Fonte: 
http://salvadorhistoriacidadebaixa.blogspot.com.br/2011/06/dique-do-tororo-os-orixas.html

quarta-feira, 15 de maio de 2013


Desafios e possibilidades presentes no Centro Histórico de Salvador

O presente estudo até tal ponto faz uma alusão ao marketing turístico do Centro Histórico da cidade de Salvador, e deste marketing é possível notar uma omissão em abordar os desafios – falta de segurança e de limpeza publicas, o assédio aos visitantes, carência de estacionamentos, a mendicância, prostituição, dentre outros – que são encontrados neste cartão-postal, objeto deste estudo. Contudo, se entendermos o Centro Histórico como um produto turístico, fruto da indústria cultural de Salvador, poderíamos caracterizar este marketing como enganoso, sendo esta uma conduta imoral ou anti-ética.

Anexo 1


O turismo cultural considerado, na atualidade, como um dos responsáveis pelo crescimento da atividade turística mundial, tem enfrentado grandes desafios estruturais e de deficiência urbana e turística no Centro Histórico de Salvador, o qual aglutina a maior oferta turística da cidade para o segmento do turismo cultural e que apesar de defrontar com problemas como: mendicância, violência urbana, marginalidade, deficiências na limpeza urbana, acessibilidade, transporte urbano, sinalização turística, dentre outros.

Anexo 2




Basta uma visita à este cartão-postal para que possamos perceber algumas ruas e entorno tomadas por mendigos e usuários de crack, o que faz com que a região seja evitada pelos próprios moradores. Ainda na região do Centro Histórico nota-se a proliferação de gatunos à espera de uma distração para roubar objetos como câmeras, correntes e relógios. Quando a noite cai, todo mundo sabe, começam as aparições das figuras esquálidas de viciados em crack, dispostos a tudo. Contudo nota-se o déficit na segurança pública, apontada pela maioria dos empresários da região como o problema mais relevante, seguido pela limpeza e iluminação pública. Outros graves problemas são a desorganização das vias de circulação, que vão das calçadas semidestruídas até a expansão de algumas unidades empresariais para fora dos limites do seu negócio, ocupando os passeios com objetos, anúncios, etc.; a poluição sonora gerada pelos próprios estabelecimentos, o assédio de vendedores ambulantes, das “baianas”, dos menores pedintes, por todos os lados nas ruas, nas praças, inclusive dentro de bares e restaurantes; a prostituição tornou-se uma pratica comum naquela região; o despreparo da mão-de-obra, destacadamente para atendimento aos visitantes, sobretudo estrangeiros; a ausência de um transporte em massa que articule a área ao restante da cidade; a carência de estacionamentos e do sucateamento dos elevadores e planos inclinado

Anexo 3 

A imagem nos mostra claramente um pedinte assediando turistas em uma praça do Centro Histórico de Salvador. Uma cena comum nesta região.




Anexo 4


A charge acima, postado em um site pelo artista Simanca, nos leva a refletir sobre a falta de conservação dos casarões no Centro Histórico de Salvador.


                                                                         

Esta situação em que se encontra o Centro Histórico atualmente, possui diversas causas, dentre as quais as de natureza política, destacando-se o vazio institucional decorrente da ausência da Prefeitura Municipal Salvador, a qual cabe, constitucionalmente, o planejamento e o controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano.

Diante desse caos cultural, compreendendo a importância do ordenamento e do gerenciamento territorial, não apenas para o incremento da atividade turística, mas também para o desenvolvimento sustentável do Centro Histórico de Salvador, a unidade da Secretaria da Cultura (Secult - BA), através de uma cooperação técnica entre o Governo da Bahia e a UNESCO, implantou o Plano de Reabilitação do Centro Antigo de Salvador (ERCAS). Dentre os investimentos previstos no Plano, alguns já estão em andamento, a exemplo projeto de iluminação das ruas do pelourinho e adjacências, reformas da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. Estima-se que o conjunto de estratégias programadas venha a ser implantada até a Copa do Mundo de 2014.

  Anexo 5
             Fonte: http://www.mariapreta.org
                  
Para concluir é importante ressaltar que a sustentabilidade das áreas centrais requer um processo de ordenamento e gerenciamento do território que promova mudanças e possibilite a superação ou, ao menos, a redução de graves problemas, como a pobreza e a marginalidade urbana, e a construção de uma sociedade mais justa, com mais qualidade de vida, em um espaço compartilhado entre residentes e turistas.

Espera-se, entretanto, que a proposta de reabilitação não seja resumida a inversões pontuais, ainda que necessárias e significativas como as que se encontram em curso; inversões que possibilitem uma melhor apresentação da área central da cidade com vistas, sobretudo, aos eventos da copa, mas sim se busque a criação de uma unidade gestora que garanta as articulações com os órgãos das três esferas de governo e com os agentes sociais e econômicos que atuam no Centro Histórico, juntamente com a realização dos investimentos em turismo, cultura, integração social e econômica, habitação, meio ambiente, segurança e patrimônio.

A reversão da situação atual do Centro Histórico de Salvador, deve ser entendida como prioridade em nossa cidade e só será possível com o comprometimento de todos os agentes sociais: as três esferas do governo, a sociedade civil, as instituições acadêmicas e, evidentemente, a população residente na área e na cidade como um todo.




terça-feira, 14 de maio de 2013

Centro Histórico de Salvador


Centro Histórico de Salvador


Não há de se pensar em Salvador, sem pensar em seu Centro Histórico. O Centro Histórico de Salvador é a parada obrigatória na cidade. Pelas ruas de paralelepípedo do Centro Histórico estão uma das maiores atrações de Salvador: a cultura baiana com todas suas manifestações artísticas, música, capoeira, diversos restaurantes com a saborosa gastronomia baiana e muitas lojas que comercializam produtos típicos.
Anexo 1
Fonte:http:www.turismo.gov.br
Tombado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como patrimônio cultural da humanidade e reúne em sua área alguns dos monumentos, igrejas e arquiteturas mais expressivos da cultura baiana e brasileira, o Centro Histórico é hoje a região mais visitada pelos turistas na capital baiana e apresenta um elevado potencial para o desenvolvimento do turismo.
Encontramos no Centro Histórico a mistura das raças, da música e das religiões. E ainda, a igreja mais conhecida de Salvador, a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, também de arquitetura barroca.
É na área do Centro Histórico de Salvador onde estão alguns pontos turísticos que não podem deixar de ser visitados como, o Pelourinho - bairro com o conjunto histórico mais importante da cidade -, o elevador Lacerda – que faz a ligação entre a cidade Alta e a cidade Baixa -, o Mercado Modelo - tradicional centro de artesanato típico da Bahia -, etc. 
As atrações mais demandadas pelos turistas são as igrejas, os shows do grupo Olodum, os museus, os bares e restaurantes, as atividades nas praças e as atividades gratuitas. O que mais agrada esse publico é o povo baiano, o conjunto arquitetônico e o Pelourinho, as igrejas, a cultura e a história e a vista à Baía de Todos-os-Santos.

O Pelourinho


Anexo2
Fonte: http:www.sinduscon-ba.com.br
O Pelô, como é conhecido e chamado carinhosamente pelos moradores, é caracterizado pela mistura dos costumes, pelo colorido do artesanato local, pelo cheiro gostoso da culinária baiana, pelo som dos tambores que tocam incessantes a todos os corações que por ele passam. E é por muitos considerado como centro histórico-cultural de Salvador, seus quarteirões sobrados e ruas representam a história e diversidade étnica e cultural da cidade.
Hoje o Pelourinho é conhecido como o lugar que abriga o mais rico conjunto arquitetônico barroco de Salvador, abriga mais de oitocentos casarões que estão transformados em bares, restaurantes e pousadas.
Com toda essa beleza, o Pelourinho serviu de fonte de inspiração para muitos compositores, não só baianos, como de outros estados a exemplo, temos o carioca Jorge Aragão. 
Musica: Sanguiné (pelourinho) 
Compositor: Jorge Aragão


Menino, me leva pro Pelourinho
Menino, me leva pro Pelô
Menino, me leva pro Pelourinho
Menino, me leva pro Pelô
Me guia, quando eu ficar sozinho
Nos becos e guetos de Salvador  Me guia, quando eu ficar sozinho
Nos becos e guetos de Salvador
Me empresta esse dom de saber do poder  San Guiné  A cura que tantos procuram pros males do amor  Tem gente que jura por tudo que nunca provou  Me leva, que eu também sou de fé  Também posso tudo, se Deus quiser  Me leva, que eu também sou de fé  Também posso tudo, se Deus quiser
 
 http://letras.mus.br/jorge-aragao/144651/
O Elevador Lacerda


Anexo3
http://www.bahia-turismo.com/salvador/elevador-lacerda.htm
O Elevador Lacerda é um símbolo da cidade de dois andares chamada de Salvador, um dos mais conhecidos cartões portais da Bahia. Apesar de secular, é um conjunto moderno, que recebeu várias reformas ao longo dos anos.
Foi o primeiro elevador no mundo a servir de transporte público e o mais alto desse tipo, quando foi inaugurado, em 1873.
O Elevador Lacerda foi idealizado pelo empresário Antonio de Lacerda (1834-1885), construído com a ajuda de seu irmão, o engenheiro Augusto Frederico de Lacerda e financiado por seu pai Antônio Francisco de Lacerda. Antônio de Lacerda estudou engenharia nos EUA, mas retornou ao Brasil antes de completar o curso.
Anexo4
http://www.bahia-turismo.com/salvador/elevador-lacerda.htm
A construção foi iniciada em 1869, sendo um grande desafio de engenharia para a época. Foi necessário a perfuração de dois túneis em rocha, um vertical, para abrigar a primeira torre, e outro horizontal, para dar acesso à rua. Foi inaugurado em 1873, com o nome de Elevador Hidráulico da Conceição, com apenas uma torre.

Do alto do Elevador Lacerda tem-se uma bela vista da Baía de Todos os Santos,do Mercado Modelo e de grande parte da cidade de Salvador.
O elevador transporta, em média, 27 mil pessoas por dia. O percurso é feito em 30 segundos.
Ele é um dos cartões postais da cidade de Salvador e um dos pontos turísticos mais visitados da Bahia.

O Mercado Modelo


Anexo 4
Fonte:http://www.salvador-bahia.tur.br/portugues/mercado-modelo-salvador-bahia.htm 

O Mercado Modelo reúne o que há de mais expressivo nas tradições locais, desde os trabalhos de arte realizados por artesãos, até a comida que é símbolo do estado.
Uma visita ao Mercado Modelo já começa a valer a pena mesmo do lado de fora. O Mercado Modelo está localizado na cidade baixa de Salvador, mais precisamente na Praça Cayru.
Atualmente, são mais de 260 lojas dentro do mercado que vendem os mais variados tipos de arte baiana. Aqui, é possível encontrar rendas, tapeçarias, pinturas, objetos de decoração, artigos em cerâmica e lembrancinhas dessa cidade única no Brasil. Isso sem falar nos trabalhos com pedras preciosas, bijuterias, jóias, figas, couro, prataria, e tantas outras peças que impressionam por sua qualidade e riqueza de detalhes, cores e formatos. Tudo desenvolvido com a grande influência da cultura africana, além do toque da presença europeia e a simplicidade dos índios brasileiros. Mistura que resulta em uma expressão artística que só se encontra na Bahia. A riqueza e a qualidade dos artigos oferecidos é tanta, que o Mercado Modelo atrai não só turistas estrangeiros, mas também visitantes brasileiros e até mesmo os soteropolitanos, que têm a sorte de morar bem próximo dessa atração tradicional imperdível.
Para completar a visita ao Mercado Modelo, ainda estão disponíveis bares espalhados em meio as lojas, onde é possível encontrar bebidas típicas da Bahia e quitutes locais.
E como todo ponto turístico de Salvador, o Mercado também tem suas curiosidades, como a descoberta de túneis no subsolo do prédio – utilizados para o armazenamento de produtos. Mas as lendas populares relatam que o local servia para guardar escravos recém chegados. E há ainda quem diga que ouve o barulho das correntes dos escravos da época. 
Curiosidades não faltam dentro do Mercado, que além de local para o comércio é também o ponto artístico e cultural, que reúne desde capoeiristas, até músicos e poetas. 


FONTES:
www.bahia-turismo.com
www.salvador-bahia.tur.br
www.salvadorbahiabrasil.com
www.turismo.gov.br
www.sinduscon-ba.com.br